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Aquele que vence...


Quiseram matar o meu Amor
para que só reinasse a cegueira

Quiseram quebrar-lhe o Corpo
para que só reinasse o egoísmo

Quiseram dar-lhe a beber fel e vinagre
para que só reinasse o amargor de vidas sem sentido

Quiseram quebrar-lhe o andar
para que jamais se voltasse a percorrer todos os caminhos da minha Humanidade…
… sem excepções

Quiseram prende-lo a uma árvore morta e seca
para que os seus braços jamais pudessem voltar a abraçar

Quiseram fixar as suas mãos
para que o seu toque jamais voltasse a tocar e a revolver a vida toda dos “tocados”

Quiseram coroá-lo de dor
para que só o sofrimento reinasse… para proveito dos “grandes”

Quiseram matar o meu Amor…

Quiseram bater-lhe
para que a violência fosse sempre a força que esmaga o “pequeno”
Quiseram gozá-lo e cuspi-lo
para que imperasse para sempre o desrespeito por aquele que baixa o olhar
Quiseram cravar-lhe uma lança no coração
para que o Amor calasse e morresse para sempre
Quiseram fazê-lo carregar o peso de uma injusta condenação
para que todos os injustiçados se calassem para sempre e deixassem de incomodar

Onde estão eles… Amor meu?
É que ainda se vêem por aí, filhos da minha Humanidade, a matar assim
e de tantas maneiras são divisão
Onde estão eles… Amor meu?
que vivem sós, e tanto rodopiam à volta do seu próprio centro,
que aí se enterram
e sufocam cheios de si mesmos… e morrem antes de morrer…

O teu Silêncio foi a melodia insuportável para os Ouvidos fechados
O teu Olhar gritou a dignidade de um rei que não é daqui, mas do Pai
A tua Cabeça, nem erguida, nem baixa, dizem-me que és de nós
E quando o teu último respirar foi a minha angústia de tantos 3 dias…
O teu Pai gerou-te da maneira mais plena, gerou-te sempre Vivo, n’Ele.
E porque te gerou, está a gerar todos os filhos da minha Humanidade

Quiseram matar-te, meu Amor…
… mas, com a tua morte, o teu Coração abriu-se num desejo de amplitude, até me tocar a mim, que o Pai não resistiu a mergulhar nele e a potenciar o teu Coração… para que ninguém possa ficar fora de ti.

Quiseram quebrar-te o Corpo…
… mas o teu Corpo inteiro vai-se preenchendo das veias luminosas da Ruah, para que todos os teus membros vivam a mesma Vida.

Quiseram dar-te a beber fel e vinagre…
… mas é no memorial da tua Vida, celebrado e vivido de tantos modos, que o Vinho novo do Reino do Pai é já saboreado, e a vida toda dos filhos da minha Humanidade se enche de sentido.

Quiseram quebrar-te o andar…
… mas estás vivo, mais do que nunca, nos “passos do mensageiro que anuncia a paz”

Quiseram prender-te a uma árvore…
… mas as árvores crescem, e as correntes quebram-se, tudo passa,
e só o Amor fica e É abraço de quem o quiser receber.

Quiseram fixar as tuas mãos… Quiseram coroar-te com a dor…
… mas o Amor verdadeiro, que cura, rompe todas as prisões que escravizam, e todos os medos, e tu estás vivo, e as tuas mãos são as tuas com as mãos da minha Humanidade.

Quiseram bater-te, gozar-te e cuspir-te…
… mas todas as vezes que o fizeram, não sabiam o que faziam.
E todas as vezes que o fazem a algum dos filhos da minha Humanidade, o Pai, o próprio Deus, está de “pés descalços” junto de todas as vítimas… e aí está, como quem entra em solo sagrado, e por quem toma partido.

Quiseram cravar-te uma lança no coração…
… mas o Amor não morre, e ninguém o pode calar

1 comentário:

Anónimo disse...

A LUZ VENCE à TREVA !
O AMOR VENCE !
O SENHOR É UNICO DEUS E A BOA NOVA !
ALELUIA.