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8 - E agora?...

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E agora?...
O que fazer com esta maneira nova de ler este nascimento do nosso Yeshuah?...

Em jeito de conclusão é preciso ficar claro que é muito bom continuar a viver todo o encanto da presença do presépio, com todas as imagens que o compõem… sabendo que o modo mais belo de celebrar o Natal e vivê-lo conhecendo bem todo o seu significado simbólico de que nos falam de modo especial Mateus e Lucas.
Só deste modo todo este acontecimento traz uma mensagem com sentido para nós, traz uma notícia para o nosso “agora”, tão longe no tempo do que terá realmente acontecido.

Um conjunto belíssimo de símbolos carregados de um fortíssimo significado, mas despidos de tudo o que pode ter um tom de magia ou sobrenatural… sem sentido para o nosso “agora”.

Naqueles tempos era importante mostrar que aquele nazareno era realmente o Filho de Deus.
Hoje parece tornar-se urgente entender o quanto o Filho do Abba era totalmente humano na mais profunda raiz de si próprio… tão humano que só poderia haver ali, naquela vida, o “dedo” de Deus.

Se acreditamos que Deus é o autor de toda a Criação…
Se acreditamos que toda a Criação é protagonista com o próprio Deus nesta tarefa de construir e ser caminho para Deus, ser a Família dEle…
Se acreditamos que Ele ama a obra que Ele mesmo iniciou e que a ama como um pai ama o seu filho único…
… então, Deus não precisa de acontecimentos sobrenaturais para fazer acontecer o Seu Sonho, estaria a excluir-nos dele, se assim não fosse, porque as nossas vidas nada têm de sobrenatural.
… então, só podemos acreditar que Deus é tão Pai que já nos criou tendo em vista o Dom imenso da Família que Ele nos queria oferecer.

Sem ver e contemplar o significado mais profundo de cada símbolo corremos o risco de transportar todos os Natais, com os seus meninos em seus presépios, para um Reino mágico, demasiado longe das nossas vidas, irreal de tão sobrenatural que se torna. E sem revelar a autêntica profundidade de todo esse mistério e encanto.

No aconchego do mais absoluto universal anonimato, lá pela aldeia, a notícia espalhou-se pela vizinhança…
“A Maria deu à luz… é menino… é um belo rapaz… Maria deu um primogénito varão a José!...”

Mais tarde, dezenas de anos depois deste nosso Yeshu ter morrido e Deus o ter “levantado” de novo para nós, uns poucos recordarão estes primeiros instantes anónimos da sua vida… outros tentarão imaginá-los mas...
… todos irão descobrindo que, quando este homem nasceu, ele trazia dentro de si o “Olhar” e o “Rosto” do próprio Deus impresso no seu Coração. Com este homem, desta nossa Humanidade, Deus havia montado a Sua tenda entre nós… no meio de nós… dentro de nós…
… todos irão descobrindo que quando o Yeshuah nasceu,
Deus ganhava “Olhar” e “Rosto” da própria Humanidade. Com este Deus, a Humanidade havia montado a sua tosca tenda entre Ele… no meio dEle… dentro da Família dEle.


Relatos do Nascimento e Infância de Jesus
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