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A Vigília Pascal era a grande celebração para a realização do Baptismo.
Nos primeiros tempos fazia-se onde havia água corrente, um rio ou uma fonte onde os Eleitos se banhavam na 5ª Feira Santa, jejuavam na 6ª Feira Santa e velavam no Sábado Santo.
Ao amanhecer de Domingo, com o canto do galo, os Eleitos aproximavam-se da água e despiam-se (símbolo de abandono da vida passada e renuncia ao Homem Velho) primeiro as mulheres, depois os homens, separadamente acompanhados da diaconisa ou do diácono respectivamente.
Predispunham-se interiormente ("effattá"=abre-te)
Renunciavam a Satanás voltados para o Ocidente (símbolo do mundo pagão) e proclamavam o Credo voltados para o Oriente (para Roma).
As mulheres eram em seguida ungidas pela diaconisa, e os homens pelo diácono, com o óleo dos exorcismos, no peito e nas costas (ou em todo o corpo).
Mergulhavam três vezes na água juntamente com a resposta às perguntas fundamentais da fé.
A sair da água, os recém baptizados eram ungidos com o óleo que havia sido consagrado pelo bispo, e eram vestidos com uma veste branca.
Na igreja já os esperava o Bispo para lhes impor as mãos e os ungir com o Terceiro Óleo, o da "Acção de Graças". O Bispo dava-lhes em seguida o "ósculo santo" (beijo da paz). A partir deste momento os novos baptizados podem saudar com o beijo da paz a toda a comunidade, podem apresentar oferendas à mesa da partilha e comer do mesmo pão.
Curiosamente, em alguns lugares, além do pão e do vinho, recebiam também leite e mel (os sinais da Terra Prometida).
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1 comentário:
Andou a ler a Tradição apostólica de Hipólito de Roma!
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