queria...

queria desenhar a frescura da manhã em cada olhar que encontro no caminho
… mas não sei de que cor é a frescura da manhã

queria cantar um cântico que quebrasse as correntes dos desesperos das noites sem estrelas nos Corações escuros
… mas não lhe conheço o tom, nem o modo de tocar cada acorde

queria correr para os teus braços, Yeshuah, Amor meu, entrar dentro de ti levando comigo tantos Corações gelados pelas histórias do não-amor que os cega, os aprisiona, os gela por dentro
… mas não tenho pernas que corram

queria subir a um monte muito alto, e gritar pelo teu nome, Yeshuah,
e assim, desimpedir o caminho do ouvido de tantos Corações surdos que teimam em não te escutar, que teimam em não querer conhecer-te…
… mas não tenho voz

queria pegar em cada raio de luar, persegui-lo mesmo, até encontrar o sol, abraçá-lo e derramá-lo em todos os sorrisos famintos de luz
… mas não tenho braços

queria ser mar, para saciar os Corações sequiosos da Verdade, essa que os poderosos pensam possuir como se ela pudesse ser comprada ou negociada… quanto se enganam, quanto se enganam.. a Verdade, ninguém a encerra, ninguém a prende, ela é livre e liberta todos os que de algum modo a proclamam livremente
… mas não sou mar

queria arrancar a alegria toda que tenho dentro de mim… rasgá-la em pedaços
e semeá-la nos caminhos… para alimentar quem passasse distraído à procura do meu Deus quando nem o desconfia sequer
… mas não sei o jeito de o fazer assim

… queria ser eu… queria ser eu em toda a verdade de mim, e aí encontrasses, Yeshuah, Amor meu, um Coração só teu e disponível a ser assim o que tu queres
… eu só quero o que tu queres
… só quero o que tu queres, hoje e sempre
Yeshuah, só quero o que tu queres
diz-me como é viver assim