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Nascer de novo



O nascimento do Yeshuah nazareno tem tanto de especial como teve o momento do nascimento de cada um de nós.

A capacidade de gerar vida é sempre um “milagre”… umas vezes mais evidente que outras mas, soa-nos sempre a um belíssimo mistério esse dar de caras com um pequeno ser, já pessoa inteira apesar do seu tamanho, a preparar-se já para abrir os olhos e ver a luz que nós já vemos há muito tempo.
Tudo isso que é nascer, por mais que esteja já biologicamente explicado, tem qualquer coisa de mistério de sensações e sentimentos inexplicáveis… nascer tem que ter aí, sempre, o “dedo” de Deus, expressa de maneira muito clara este nosso ser à imagem e semelhança dEle porque criar condições para ajudar a nascer no seu sentido mais pleno é querer amar mais.

E, se calhar, é o modo como morremos que dá aquela importância especialmente única ao nosso primeiro nascimento… àquele momento em que começámos a existir para alguém.

Às vezes pergunto-me se aqueles que vivem sós (no sentido real ou no tipo de comportamento relacional, pois é possível viver no meio de uma multidão completamente isolado no seu próprio mundo), por vontade própria ou não, se de facto vivem… se existem mesmo…

Se a verdadeira realização como pessoa se concretiza na relação com os outros, então não é possível ser pessoa em todo o seu sentido, sem uma relação aberta com outros. É bem verdade o que já ouvi “Ninguém se salva sozinho”… ninguém entra no Reino-Família do Abba desvinculado de relações humanas… como que sem irmãos!

Se calhar é esse o “traje” apropriado de que nos fala o Yeshu, ao dar-nos Notícias Boas do Reino… na história que conta de um grande senhor que preparou um grande banquete, uma grande festa para a qual são convidados aqueles que menos esperavam… mas é preciso levar o traje de festa…
… é preciso estar “tecido” com irmãos e irmãs
… é preciso ter já nascido numa verdadeira família segundo a Ruah de Deus

O que és não se mede tanto, então, hoje e agora, pelo que foste, mas mede-se de modo muito especial no expoente máximo daquilo que podes realmente ser, na morte e no autêntico novo nascimento…
… o momento da tua ressurreição
o momento da realização máxima de ti própri@, cheio de infinito, cheio de Deus, cheio do Sonho de Deus.

O Yeshuah foi alguém que viveu a capacidade de ser humano no seu expoente máximo de abertura no acolhimento e resposta a todos… todos sem excepção (apesar de nem todos o acolherem a ele).
É pela resposta que Deus lhe deu, a ressurreição, que vemos como foi inteira a entrega do Yeshu à comunicação e proposta que Deus, pela Ruah, ía fazendo ao seu Coração… exactamente como Ele faz connosco.

Yeshuah foi-se esvaziando completamente de si próprio, porque se atirava completamente nos braços deste Projecto… deste Sonho do Reino-Família do Abba, que a Ruah lhe ía sussurando ao Ouvido do Coração
Yeshuah foi-se esvaziando completamente de si próprio, porque se atirava completamente nos braços desta tua Humanidade, unindo-se a ela de um jeito cada vez mais indissolúvel, sem a anular, nem se anular a si próprio, mas plenificando-a e plenificando-se por esta entrega tão absoluta , tão verdadeira, tão única…

O Yeshuah é a “pontinha” do véu que cobre o mistério que Deus é, e que assim quase podemos tocar.
É a vida inteira deste homem que diz este Sonho de Deus a realizar-se já!...
Que Boa Notícia este homem é para nós!...

Temos sinais dele… sinais que são como pegadas impressas na areia, que muitos podem ignorar, mas ninguém sabe apagar.
Toda a História da caminhada de Deus com a Sua amada Humanidade… e a sua resposta
Toda a História da caminhada de Deus com o Seu Yeshuah… e a sua resposta
Toda a História da caminhada de Deus comigo e contigo e com todos… e a nossa resposta
Os Evangelhos… esses escritos inspirados, essa Notícia viva dada pelo próprio ressuscitado Yeshu, em cujas veias corre já o Sangue e a Respiração da Ruah, esse que foi levantado pelo Abba, feito assim inaugurador da “sala do banquete”… uma presença tão nossa inauguradora a “pisar” esse Reino-Família do Abba.

Sinais… para que sejamos verdadeiramente UM com ele.

Eu acredito que Deus, o Abba, “nasce” de novo cada vez que Ele faz levantar de todas as mortes cada um dos Seus filhos, cada um dos irmãos do Yeshuah, o Primeiro da Sua amada Humanidade… o Primeiro de mim… o Primeiro de nós…

1 comentário:

Fá menor disse...

Neste Novo Ano:
"O Senhor te abençoe e te proteja.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face
e te seja favorável. e te conceda a paz".

Bom Ano!

Abraço em Cristo