Quase dá vontade de dizer: “Estão a ver o que é jejum e abstinências e sacrifícios mais ou menos espirituais? Tempo escuro, triste como a noite?... Sem flores, sem alegrias, sem “aleluias”? O tempo da desobriga como alguns conhecem? Pronto, não é nada disso.” E não sou só eu que o digo. Vamos escutar um pouco do profeta Oseias, cerca de 750 anos antes de Jesus nascer:
“Conheçamos,
esforcemo-nos
por conhecer o Senhor,
iminente, como a aurora, está a Sua vinda.
Ele virá para nós como a chuva,
como a chuva da Primavera que irriga a terra.
«Que posso fazer por ti, ó Efraim?
Que posso fazer por ti, ó Judá?
O vosso amor é como a nuvem da manhã,
como o orvalho matutino que logo se dissipa.
Por isso os castiguei duramente pelos profetas,
e os matei pelas palavras da minha boca,
e o meu julgamento resplandece como a luz.
Porque EU quero a misericórdia
e não os sacrifícios,
o conhecimento de Deus mais que os holocaustos.”
Os 6,3-6
E se quem por aqui passar se escandalizar, pensando que falo mal da Igreja… engana-se e muito, porque vou tentar escrever por aqui qual era a intenção daqueles que iniciaram a vivência deste tempo… vivência que, infelizmente, se perdeu.
Vamos então falar bem dos primeiros discípulos de Jesus e do jeito enamorado com que tinham vontade de aprofundar e viver a alegria de conhecer Jesus, o Reino-Família que ele anunciava e o Rei-Pai deste Reino-Família.
Como apareceu este tempo de quarenta dias?
Depois do tempo forte durante uns poucos anos com Jesus, vendo a sua morte e experimentando a sua ressurreição, os discípulos de Jesus começaram a reunir-se a cada primeiro dia da semana para reler, reviver, aprofundar todo este mistério da Nova Aliança, momento este que culminava com o gesto da Fracção do Pão.
Mais tarde sentiram necessidade de viver esta passagem da morte à vida, esta inauguração da Nova Aliança, com um dia de Festa em cada ano… a Festa da Páscoa, no mesmo dia em que era celebrada pelos judeus, com todo o significado e festa que já simbolizava, mas com todas as suas esperanças, promessas, alianças e anseios realizados plenamente com a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Um tão grande dia no ano, pedia uma grande preparação para o viver. Primeiro uma Grande Vigília… mais tarde 3 dias… mais tarde 40 dias a simbolizar o tempo da preparação de grandes coisas que estão para acontecer. Grandes coisas que se vivem com intensidade e não ao jeito como me parece que vivemos hoje, como quem prepara uma grande boda de casamento durante 40 dias… depois há a festa de casamento durante aquela manhã, e em seguida não há lua-de-mel. É que, no nosso calendário, o nosso grande Dia de Páscoa são exactamente 7 semanas vezes 7 dias… a plenitude da alegria e da festa simbolizada no número 7 multiplicado por si próprio.
É insensato preparar bem uma festa, para depois não desfrutar da sua alegria!
Como este era um tempo especialíssimo para os discípulos de Jesus, era nestes tempos fortes que aqueles que desejavam ser discípulos de Jesus se preparavam para essa entrada em alguma das pequenas comunidades que se reuniam em nome de Jesus e em que tudo partilhavam.
Estes 40 dias de preparação para a grande festa é então um forte tempo de Catecumenado para todos, tanto para aqueles que desejam entrar na comunidade, como para a própria comunidade que sempre deseja entrar cada vez mais na lógica da vivência do Reino de Deus, é também um tempo forte para a comunidade saber abrir os braços para o acolhimento dos novos discípulos.
Tudo isto acontecia em ambiente muito familiar… as pequenas comunidades reuniam-se nas casas uns dos outros.
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(ainda hei-de continuar esta conversa)
E se quem por aqui passar se escandalizar, pensando que falo mal da Igreja… engana-se e muito, porque vou tentar escrever por aqui qual era a intenção daqueles que iniciaram a vivência deste tempo… vivência que, infelizmente, se perdeu.
Vamos então falar bem dos primeiros discípulos de Jesus e do jeito enamorado com que tinham vontade de aprofundar e viver a alegria de conhecer Jesus, o Reino-Família que ele anunciava e o Rei-Pai deste Reino-Família.
Como apareceu este tempo de quarenta dias?
Depois do tempo forte durante uns poucos anos com Jesus, vendo a sua morte e experimentando a sua ressurreição, os discípulos de Jesus começaram a reunir-se a cada primeiro dia da semana para reler, reviver, aprofundar todo este mistério da Nova Aliança, momento este que culminava com o gesto da Fracção do Pão.
Mais tarde sentiram necessidade de viver esta passagem da morte à vida, esta inauguração da Nova Aliança, com um dia de Festa em cada ano… a Festa da Páscoa, no mesmo dia em que era celebrada pelos judeus, com todo o significado e festa que já simbolizava, mas com todas as suas esperanças, promessas, alianças e anseios realizados plenamente com a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Um tão grande dia no ano, pedia uma grande preparação para o viver. Primeiro uma Grande Vigília… mais tarde 3 dias… mais tarde 40 dias a simbolizar o tempo da preparação de grandes coisas que estão para acontecer. Grandes coisas que se vivem com intensidade e não ao jeito como me parece que vivemos hoje, como quem prepara uma grande boda de casamento durante 40 dias… depois há a festa de casamento durante aquela manhã, e em seguida não há lua-de-mel. É que, no nosso calendário, o nosso grande Dia de Páscoa são exactamente 7 semanas vezes 7 dias… a plenitude da alegria e da festa simbolizada no número 7 multiplicado por si próprio.
É insensato preparar bem uma festa, para depois não desfrutar da sua alegria!
Como este era um tempo especialíssimo para os discípulos de Jesus, era nestes tempos fortes que aqueles que desejavam ser discípulos de Jesus se preparavam para essa entrada em alguma das pequenas comunidades que se reuniam em nome de Jesus e em que tudo partilhavam.
Estes 40 dias de preparação para a grande festa é então um forte tempo de Catecumenado para todos, tanto para aqueles que desejam entrar na comunidade, como para a própria comunidade que sempre deseja entrar cada vez mais na lógica da vivência do Reino de Deus, é também um tempo forte para a comunidade saber abrir os braços para o acolhimento dos novos discípulos.
Tudo isto acontecia em ambiente muito familiar… as pequenas comunidades reuniam-se nas casas uns dos outros.
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(ainda hei-de continuar esta conversa)
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