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Tapete

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Yeshu… de Nazaré
Queria dizer-te mil coisas,
Mas
nem as quereria ouvir dentro de mim









Há dias e pessoas que são como pedras
desses dias que quando os deixamos cair para longe da vista, para o fundo do mar,
são como a areia que se quer escapar por entre os dedos
fazem, às vezes, uma ondulação são invisível aqui
que se torna num maremoto do outro lado… do lado de lá
e me surpreendo a desejar que nunca existissem pedras, nem mar, nem ondas


meu amado Jesus…
quando é que vamos perceber que
cada passo, cada gesto, cada palavra dita ou sentida
pedras pequenas ou grandes
ficarão a ecoar para sempre na História nossa?


Tenho o “tapete” da entrada cá de “casa” estragado
estragado podia ser sinónimo de usado
mas hoje é assim que o sinto… estragado
esse lugar por onde passa quem quer entrar
os amigos, ainda que a alguns não os veja durante anos, nunca passam por ele mais que uma vez
outros, menos amigos, vão gastando o tapete ao saírem
e às vezes dói, porque de alguma maneira saem e conseguem nunca mais acabar de sair…








Mas
confio em ti

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