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Não imortais, mas eternos... a caminho da ressurreição...




Somos o nosso tempo!...
Somos o que fazemos do nosso tempo.

E somo-lo com tal verdade e intensidade que o vivemos entranhado em nós e em tudo o que o nosso ser mais profundo mais deseja, que sempre fugimos do que o faz acabar, terminar…
O nosso tempo tem um prazo, um terminar, mas, a todo o instante tudo o que fazemos no tempo leva em si este desejo de imortalidade… como se sentíssemos ser possível nunca o nosso tempo terminar… morrer.

Não queremos morrer!...
É um anseio assumido ou não que temos bem no fundo de nós.
Se não queremos morrer, então é porque desejamos ser IMORTAIS.
Não queremos envelhecer!...
Não queremos assumir todos esses sinais que nos dizem que, este tempo que somos, termina. Mas a verdade é que, por mais que desejemos não envelhecer e morrer, isso acontece mesmo, e é o tempo que nos traz todo este nosso terminar inteiro, sem haver ciência nenhuma que o possa deter.

Desejamos ser IMORTAIS, sem nunca o podermos ser, porque o que se passa na realidade é que este desejo é de eternidade, da qual já estamos “vestidos”. Somos, na verdade, ETERNOS… sim!...

Por sermos pessoa eterna confundimos, naquilo que vivemos agora, Imortalidade com Eternidade.
É que a Eternidade é a ausência de tempo e espaço, e não sabemos lidar muito bem com este modo desconhecido de ver as coisas.

Eu acho que hoje e agora, tu és etern@, mas será quando o teu tempo e espaço terminar que o entenderás melhor… quando chegar aquele instante em que este acabar teu será um culminar muito pessoal do que és em comunhão com todas as pessoas que fizeram parte da tua vida, que é um olhar o que somos verdadeiramente que só a eternidade nos deixará ver bem.
Só perceberemos a eternidade nesta viragem, nesta morte inteira que acontece no terminar do que vivemos no espaço e no tempo e passamos a não ter coordenadas de espaço nem tempo.

Então… não somos imortais
Somos na verdade ETERNOS!

Mas a notícia boa que é a vida de Jesus de Nazaré vem-nos dizer que a eternidade que somos e construímos aqui e agora, nos traz algo de mais precioso ainda.
A vida de Jesus, não só nos diz que depois da nossa morte seremos plenamente, sem tempo nem espaço, a relação que estabelecemos com as pessoas que nos rodearam, mas diz também que este momento nos propicia para uma transfiguração divinizada, porque, além da Comunhão que estabelecemos com as pessoas, estabelecemos também Comunhão com o Abba revelado na Ruah plenamente assumida por Jesus de Nazaré na sua vida inteira… de tal maneira que é ele o Primeiro do Filho, essa Comunhão dançante daquele que chamamos nosso Deus, ele é o Primeiro de mim, de ti, e de todos juntos… um Corpo inteiro que “dança” nesta comunhão com o Abba Criador de Vida-Amor.

Jesus de Nazaré comunga tão profundamente com a Humanidade inteira que a leva toda consigo, nesse momento em que a morte o liberta das coordenadas do tempo e do espaço.
Como ele deixa de viver sob estas condições de espaço e tempo, Jesus está vivo hoje, comigo, contigo, vivo de uma vida ressuscitada, assumida, consentida, confirmada, sinal de garantia gratuita do Abba, vivificada pela Ruah… uma vida que me assume a minha vida inteira e a ressuscita também consigo sobretudo naquele momento em que se há-de plenificar… quando tu e eu tivermos também superado já essas coordenadas do tempo e do espaço.

O Abba, nesse momento de viragem, através de Jesus, como que pega em tudo o que em nós é eternizável… as relações de Comunhão, o Amor verdadeiro que comungámos, e o assume em Si, divinizando-o, potenciando-o, elevando-nos a Si, oferecendo-nos gratuitamente o ser que Ele mesmo é por essência.

3 comentários:

Sol da manhã disse...

Um ABRAÇO assim ENORME...

Esta foto é muito fixe...a mim lembrou-me o caminhar do homem bíblico... eheheheheh muito fixe Anawîm, muito fixe! Até pode nem ser, mas neste momento fez-me bem pensá-la assim!

... e muito aconchegadinho!!!

Anónimo disse...

Olá Anawim, nem imaginas como nesta altura da minha vida fazem sentido as tuas palavras! Não pretendo mesmo nada ser imortal (seria aborrecido) mas eterna sim!!!
Sabes para mim ser eterna é também saber que quando não estiver mais aqui (neste espaço e neste tempo)deixei laços e relações construidas que continuarão a ajudar no crescimento da minha linda filhota.Que consegui imprimir na sua história ritmos positivos (de Amor e fraternidade).
Desculpa este meu comentário, mas é que a minha filhota nasceu há 3 semanas e eu ando perfeitamente encantada...este encantamento também é eterno...
um abraço

Anawîm disse...

Sol da Manhã...
um abraço grande também para ti.


Inês...
Inês... e eu encanto-me com o teu encantamento... QUE DELÍCIA!...
Se soubesses como estou feliz por ti!!!
É isso... é mesmo isso que partilhas aqui!
Volta sempre!...
Um abraço grande para ti e para a tua linda filhota!...