Yeshuah, quem és tu?Quem és tu, que tantos que se dizem teus discípulos, desta hora, dizem que morreste por amor? Mas dizem-no de modo tão vazio, tão pouco apaixonado!... Afinal, de que amor se fala?
Como podemos dizer que morreste por amor…
… sem dizer que, na verdade, o que aconteceu foi que viveste inteiro por amor?
Como podemos afirmar que morreste, por amor…
… quando na verdade, hoje, estás vivo por amor?
Como se podem ignorar trinta ou quarenta anos da tua vida a fazeres-te gente e a assumires as consequências dos caminhos por onde escolheste seguir…
… resumindo-os ao modo como morreste?
Tu, Yeshuah,
tu, o que morreste crucificado naqueles dias, tal como tantos outros o foram injustamente,
tu, hoje, estás vivo!...
Estás vivo por amor!...
Como é possível continuarmos a repetir-te: “Salva-nos pela tua cruz”…
… se já o fizeste, de uma vez por todas, com a tua vida inteira?!
com a tua vida inteira e não em três ou quatro dolorosos dias…
A tua vida inteira, foi o que o Abba amou e abraçou,
Ele nunca quis o teu sofrimento, nunca.
Foi a tua opção pelo Reino do Abba que rebentou com todas as lógicas da Morte.
Foi a tua opção tão inteira, tão radical, tão decidida pelo Reino do Abba, pelo Reino da Vida que Ele, a Vida, te elevou a Ele mesmo, transfigurado de tão luminosamente confirmado por Ele!...
És muito mais do que alguém muito especial que morreu por nosso amor.
És um homem inteiro, que inteiro viveu por amor, e por isso, a tua morte não poderia ser de maneira diferente…!
Quem agarra a tua mão Vivente, tu que vives dessa Vida transfigurada do Abba, cheia desse Sopro vivo e luminoso da Ruah, é contagiado por esta Vida Nova.
Importa saber verdadeiramente como é isto de viver por amor…
… e o que é, afinal, amar ao teu jeito…
… amor para quê
… amor para quem
… amor por quem
Porque é tão fácil falar de amor sem nos comprometermos, sem mudarmos nada…
É demasiado fácil falar do amor com o mesmo enamoramento com que se fala das propriedades da água…
… sem cor
… sem sabor
… sem cheiro
Saber o que é amar... eu não sei o que é, confesso…
… mas acredito que é sempre qualquer coisa muito séria que cada um de nós deve procurar descobrir no seu caminho
… certamente tem que ver com compromisso, aliança com alguém… sim, falo mesmo de pessoas… gente… e não de uma “causa” impessoal.
Sim, porque é boa a solidariedade do nosso pensamento por uma boa causa, mas ao mesmo tempo é perigosamente tão fácil, assim como quem apela ao amor, ou ao donativo, ou a uma oração por uma “ideia” ou ideal que vive longe, em África, por exemplo, e tantas vezes a disposição já não é tanta para dizer um simples e sincero “Bom Dia” ao vizinho que vive mesmo na porta ao lado… ou ser correcto com o colega de trabalho… ou estar atento ao carinho que o filho necessita para crescer feliz…
E tantas vezes andamos a suspirar pela “Paz no mundo inteiro”, e angustiados pela “guerra e perseguição” aqui e acolá sem tomarmos a decisão séria de começar a construir essa Paz, mundialmente, a partir da nossa casa, e a denunciar essa “guerra e perseguição” que assistimos no nosso emprego, e a dar de comer e de vestir a quem nos estende a mão na rua…
E é preciso, se calhar, de nos deixarmos dessa conversa estéril e beata do “ter que levar a cruz de cada dia com um sorriso” que isso nada pode ter de verdadeiro nas nossas vidas.
Ninguém gosta de sofrer, e nem sequer fomos criados para gostar de sofrer, nunca poderá ser essa a nossa “meta”.
Viver, às vezes, dói… e dói muito!...
O Abba também não quer o nosso sofrimento, assim como nunca quis o teu sofrimento, Yeshuah, entre sofrer até à morte e negar a chegada e a libertação do Reino do Abba… escolheste nunca negar o Reino.
Sabemos que muitos não têm a escolha… mas tudo faz parte disto de sermos gente com “prazo de validade” que te temos a ti, Yeshuah, a dizer-nos que a vida do tempo acaba, mas a vida com o Abba já começou e não acaba, e que Ele nos espera de braços abertos, como que num banquete com todos os nossos irmãos…
… e, enquanto o nosso “prazo” não acaba, construimos a mesa mais um pouco, porque o Abba Criador nos fez criadores com Ele, e vamos atando laços de comunhão, de irmãos que queiram sintonizar connosco, laços que nenhum tempo pode apagar…
… quanto mais e melhor vivermos agora este mistério de comunhão e sintonia, melhor o saberemos viver e saborear depois, a partir do momento em que o nosso tempo deixar de ser tempo e passar a ser só, só mesmo eternidade sem prazos.
A tua vida inteira, foi o que o Abba amou e abraçou,
Ele nunca quis o teu sofrimento, nunca.
Foi a tua opção pelo Reino do Abba que rebentou com todas as lógicas da Morte.
Foi a tua opção tão inteira, tão radical, tão decidida pelo Reino do Abba, pelo Reino da Vida que Ele, a Vida, te elevou a Ele mesmo, transfigurado de tão luminosamente confirmado por Ele!...
És muito mais do que alguém muito especial que morreu por nosso amor.
És um homem inteiro, que inteiro viveu por amor, e por isso, a tua morte não poderia ser de maneira diferente…!
Quem agarra a tua mão Vivente, tu que vives dessa Vida transfigurada do Abba, cheia desse Sopro vivo e luminoso da Ruah, é contagiado por esta Vida Nova.
Importa saber verdadeiramente como é isto de viver por amor…
… e o que é, afinal, amar ao teu jeito…
… amor para quê
… amor para quem
… amor por quem
Porque é tão fácil falar de amor sem nos comprometermos, sem mudarmos nada…
É demasiado fácil falar do amor com o mesmo enamoramento com que se fala das propriedades da água…
… sem cor
… sem sabor
… sem cheiro
Saber o que é amar... eu não sei o que é, confesso…
… mas acredito que é sempre qualquer coisa muito séria que cada um de nós deve procurar descobrir no seu caminho
… certamente tem que ver com compromisso, aliança com alguém… sim, falo mesmo de pessoas… gente… e não de uma “causa” impessoal.
Sim, porque é boa a solidariedade do nosso pensamento por uma boa causa, mas ao mesmo tempo é perigosamente tão fácil, assim como quem apela ao amor, ou ao donativo, ou a uma oração por uma “ideia” ou ideal que vive longe, em África, por exemplo, e tantas vezes a disposição já não é tanta para dizer um simples e sincero “Bom Dia” ao vizinho que vive mesmo na porta ao lado… ou ser correcto com o colega de trabalho… ou estar atento ao carinho que o filho necessita para crescer feliz…
E tantas vezes andamos a suspirar pela “Paz no mundo inteiro”, e angustiados pela “guerra e perseguição” aqui e acolá sem tomarmos a decisão séria de começar a construir essa Paz, mundialmente, a partir da nossa casa, e a denunciar essa “guerra e perseguição” que assistimos no nosso emprego, e a dar de comer e de vestir a quem nos estende a mão na rua…
E é preciso, se calhar, de nos deixarmos dessa conversa estéril e beata do “ter que levar a cruz de cada dia com um sorriso” que isso nada pode ter de verdadeiro nas nossas vidas.
Ninguém gosta de sofrer, e nem sequer fomos criados para gostar de sofrer, nunca poderá ser essa a nossa “meta”.
Viver, às vezes, dói… e dói muito!...
O Abba também não quer o nosso sofrimento, assim como nunca quis o teu sofrimento, Yeshuah, entre sofrer até à morte e negar a chegada e a libertação do Reino do Abba… escolheste nunca negar o Reino.
Sabemos que muitos não têm a escolha… mas tudo faz parte disto de sermos gente com “prazo de validade” que te temos a ti, Yeshuah, a dizer-nos que a vida do tempo acaba, mas a vida com o Abba já começou e não acaba, e que Ele nos espera de braços abertos, como que num banquete com todos os nossos irmãos…
… e, enquanto o nosso “prazo” não acaba, construimos a mesa mais um pouco, porque o Abba Criador nos fez criadores com Ele, e vamos atando laços de comunhão, de irmãos que queiram sintonizar connosco, laços que nenhum tempo pode apagar…
… quanto mais e melhor vivermos agora este mistério de comunhão e sintonia, melhor o saberemos viver e saborear depois, a partir do momento em que o nosso tempo deixar de ser tempo e passar a ser só, só mesmo eternidade sem prazos.
Como há-de ser... depois?... Não sei.
… mas acredito que ninguém se senta à mesa e faz festa sozinho
… mas acredito que é preciso agarrar a tua mão e aprender contigo o que é isto de viver a sério
… mas acredito que tu, Yeshuah, me garantes que o "vinho" melhor, nas bodas contigo, o melhor da tua "festa" é sempre o que vem a seguir.
Com os olhos postos na meta, o atleta chega bem melhor do que com os olhos postos nos músculos que doem e é preciso fazer trabalhar para lá chegar.
Paulo (Filp 3,12-14) sabia bem o que dizia…!
Sem comentários:
Enviar um comentário