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O Deus dos Nómadas

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Olá Amigos!
É bom estar de volta!
Um abraço grande para todos!




















Naquele “Princípio”, em que Deus queria revelar-Se, dar-Se a conhecer, Ele já era o Deus Caminhante, o Deus desejoso de Se pôr a caminho com a Humanidade.

Diferente dos deuses dos povos fortes, este já era o Deus daqueles que não tinham tecto, dos que não tinham casas, cidades ou terras para cultivar…

Naquele “Princípio”, já era o Deus Peregrino, o Deus dos Nómadas. Era, por isso, o Deus Livre, Ele não tinha Templo, Santuários, não Lhe eram prestados cultos por sacerdotes, para este Deus os tempos não se repetiam como acontece no cultivo e colheita dos frutos da terra… Este Deus dos Nómadas era já o Senhor da História muito mais ainda do que Senhor da Natureza.
O povo que começou a amá-l’O, com quem Ele fez Aliança, nada mais possuía senão a sua história passada como domínio, sempre voltada para a esperança no futuro, totalmente empenhada na descendência que mantivesse essa história comum e que continuassem a ter pés para caminhar.

Naquele “Princípio”, Deus chamou pelo seu nome um homem que vivia “instalado” na sua civilização.
Esse homem desinstalou-se, pôs-se a caminho, ainda que não soubesse para onde caminhava. Então este Deus prometeu-lhe o que todos os povos nómadas mais anseiam… uma Descendência e uma Terra. Garantiu-lhe ainda que daí em diante Ele seria o seu Deus, ele e o povo da sua descendência seriam o Seu Povo.

Chamava-se Abraão.

Fez-se assim um homem livre, com o Deus Livre, desamarrado de qualquer “sistema”… sem casas, sem cidades, sem terras, só com uma Promessa nas mãos, uma Esperança num Futuro.
Foi cerca de 2000 antes de Jesus de Nazaré ter nascido e desde que Ele chamou Abraão, Deus foi sempre fiel à Promessa feita.

Abraão e Sara, já velhos e estéreis, deram à luz o impossível. Deram à luz a Promessa de Deus no rosto de um menino chamado Isaac para que ninguém duvidasse que ele era o Dom de Deus, era a Promessa de Deus que começava a cumprir-se.
Do mesmo modo, aquele Jesus de Nazaré que nascerá 2000 anos depois será o nascimento “impossível”, será a Promessa de Deus a realizar-se não já num “Princípio”, mas numa “explosão” de Salvação que se espalha para todos os lados da História, passada e futura, naquele dia em que Deus ressuscita Jesus, esse Jesus que nasceu, viveu e morreu como o Dom de Deus, será a Promessa de Deus a cumprir-se não num povo só, mas na Humanidade inteira de toda a História.

Na história de Abraão a provação é inevitável. Não sei quem mais foi provado, se Abraão ou Deus, quando Abraão subiu ao monte com Isaac, de cutelo na mão, para fazer o que todas as divindades que se conheciam “exigiam” naqueles tempos: o sacrifício humano, a oferenda do primeiro “fruto” da terra.

Mas…
… o Deus dos Nómadas não é igual aos outros “deuses”.

Na Sua Promessa, na Aliança que estabelece, a única coisa que pede a Abraão e à sua descendência é Fidelidade e Liberdade. Deixando que o Deus da Liberdade seja a sua Segurança, a sua Companhia, a sua Protecção… a sua Salvação.
Desde estes dias, a Humanidade que confia na Promessa do Deus Caminhante vive em tensão permanente em relação ao Futuro, enquanto vai caminhando e construindo a sua História… sempre de olhos cheios de Esperança.

O Deus Peregrino é o Senhor da História, Dono do Passado permanentemente a caminhar para o nosso Futuro. É neste “entretanto” da História que vamos fazendo, que o Deus Livre Se dá a conhecer.
Só quem se compromete, disponível, a levar o “Cajado” da Esperança conseguirá “persegui-l’O”.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Lindo texto Anawîm...


Abraços da amiga do Brasil.

Anawîm disse...

Abraços grandes para o Brasil... Terra de gente com Coração grande.

É bom saber que estás de volta por cá!

Anónimo disse...

Olá Anawim ,
Passei , e quando percebi ,estava já à um tempo grande , sem querer parar . Aler e sentir ào Deus que me dás , em cda pedacinho .
Graçias .

Eneida Costa disse...

Lembrei-me que tinha lido por aqui um texto acerca do Deus dos Nómadas. O Deus Livre e dos Livres. Hoje precisei de reler estas palavras, porque ganharam sentido. Obrigada.