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Vi-te no centro

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Vi-te no centro da minha humanidade meio perdida
onde estás senão no centro de mim
o fruto que deste debaixo da terra,
o teu Deus, fez levantar mais alto que todos os céus
para que ninguém deixasse de te Ver

Vi-te… mas desejo os teus olhos…

o círculo da vida gira a essa velocidade estonteante
tudo é novo e tudo envelhece
umas vezes inebria e anestesia
como outras vezes enjoa nesse “ram-ram” dos dias todos iguais

Vi-te… mas desejo os teus olhos…

tu, que te encorvaste no meio dos encorvados anawim
tu, que foste arrancado das garras de todas as mortes
tu, que foste vivo e és agora o mais vivo dos vivos
tu, Yeshu,
dá-me desse teu olhar que vê bem,
para que me diga onde começa a vida
onde acaba a morte

onde hei-de viver
onde hei-de morrer

como se vive e morre?
de olhos abertos ou fechados?

acredito que o teu maior salto foi de olhos fechados
e que, ainda assim, te doeu mais que tudo

quero os teus olhos de esperança no meio de mim
e, aí, quero as tuas mãos, as que arrancam da morte também
para seres sempre tu, no meio de mim
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1 comentário:

Anónimo disse...

Anawîm...


Lindo post.
Há tempos que não comento, mas venho sempre aqui.


Abraços da amiga do Brasil.