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Como crianças sentadas na praça...


Sem nos apercebermos do absurdo, muitas vezes, quereriamos ser nós a ensinar ao nosso Deus como é que se cria um mundo perfeito.
É que, muitas vezes, implicamos por isto e por aquilo, como se o mundo fosse imperfeito.
Em que deus acreditamos, afinal, se nos queixamos tanto deste mundo “imperfeito”?
Saberia Deus criar e desejar um mundo imperfeito?
Se calhar o mundo não é imperfeito mas sim… inacabado.
Se acreditamos mesmo que esta Terra que habitamos foi mesmo gerada por um Deus-Amor, nunca podemos esquecer que Ele nunca quis ser Deus sozinho. Ele faz-nos a nós colaboradores Seus na CONTÍNUA Criação do mundo, como filhos e companheiros Seus.

Já chega de andarmos a querer ensinar ao próprio Deus, com tanta queixa nossa, como é que Ele haveria de ter criado o mundo “perfeito” que só existe nas nossas cabeças, só às nossas tão pequenas medidas…

Está mais do que na hora de pegarmos em nós e começar a colaborar a sério, entrar nesta corrente da criação com Deus, treinar a dança…
… e começar a petiscar as entradas servidas no banquete eterno, que é aqui, neste mundo inacabado, que são saboreadas… esses petiscos são mesmo para saborear e nos fazer ganhar apetite de vida eterna… nos fazer desejar o grande banquete.
Mas é preciso ajudar a pôr a mesa, estudar as ementas das entradas, servi-las a quem esteja disposto a acolhê-las e saboreá-las, e acolher e saborear as que nos oferecem... saborear pedacinhos de vida eterna… a Comunhão sonhada que começa a aprender-se, vivendo-se assim.

Às vezes somos demasiado “velhos”, com rosto de meninos birrentos, zangados com tudo e com todos, sempre à procura do pior que o mundo tem, só porque cismamos que o mundo há-de ser feito à nossa imagem e semelhança. E a vida sempre fora de nós à espera de ser vivida.
Nós somos bonitos, não duvido… eheheheh… mas Deus é muito mais ainda
Então, construamos e sejamos aquilo que o Deus belíssimo é… COMUNHÃO
Então, construamos e sejamos à imagem e semelhança DELE… só DELE…

“A que hei-de comparar esta geração?
São como crianças sentadas na praça e que dizem umas às outras:
‘Toquei flauta para ti, e não dançaste.
Cantei um cântico fúnebre, e não choraste.’” Mt11,17; Lc7,32

2 comentários:

Anónimo disse...

Anawin, li este post dia 6 e voltei cá hoje. Sabe-me tão bem lê-lo. O que escreveste faz tanto sentido e disseste-o de uma maneira tão bonita! Obrigada.
AP

Anawîm disse...

AP...
Fico tão feliz que tenhas encontrado aqui tanto sentido!...
Um abraço muito grande para ti.