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2 - Nos primeiros tempos, muitos judeus, chamavam-lhe seita


Certamente eram “diferentes”, aqueles que formavam pequenas comunidades de discípulos de Jesus. Isso notava-se do “lado de fora”, porque ser discípulo de Jesus é assumir atitudes concretas na vida mais comum de todos os dias, atitudes que surgem de convicções interiores verdadeiras e profundas.
Certamente era um jeito de viver que cativava a alguns, e provocava curiosidade a muitos, que se questionavam como era possível reunirem-se, entenderem-se, e partilharem os seus bens uns com os outros… pessoas que não tinham em comum os mesmos laços de sangue a organizarem-se de maneira a ajudar os desfavorecidos e a denunciar as causas de injustiça…

… e tudo isto não em nome de uma qualquer filosofia ou religião, mas porque acreditavam em alguém que era para eles muito especial, “um tal de Jesus, um judeu de Nazaré”, de quem falavam como sendo esse alguém, uma notícia boa para todos.

Conseguiremos imaginar isto?...
Para muitos de nós será difícil imaginar um primeiro e estranho contacto com grupos de discípulos de Jesus, porque hoje, pouco depois de nascer, qualquer criança aprende como primeiras palavras: “papá”… “mamã”… e “Xexus”…
… a partir daqui já sabemos tudo, sem saber de nada, atitude que faz de nós um pouco “surdos”, depois de engolir muita doutrina e moralismo e pouca explicação fundada sobre isso.

O que é certo é que, em tempos de impérios não cristãos, quem quisesse fazer parte de alguma das pequenas comunidades de discípulos de Jesus, teria que TORNAR-SE discípulo. Que é um jeito de viver que exigia uma grande e séria preparação, e depois um momento importante de iniciação que não teria mais fim.
Quem quisesse tornar-se discípulo, sê-lo-ia sempre porque o Mestre é um só, Jesus.

Como se chamava esse momento importante de iniciação que só tinha lugar depois de uma séria preparação daquele que queria TORNAR-SE discípulo de Jesus?
Baptismo que quer dizer Imersão, Mergulho.
E o dia escolhido para esse grande momento era justamente a noite e o amanhecer da maior Festa celebrada pelos discípulos de Jesus em cada ano: a Vigília da Páscoa.

Os dias de preparação para a grande Festa da Páscoa em cada ano tinham então uma forte intenção catecumenal, como já vimos, em que aqueles que desejavam ser discípulos de Jesus se preparavam para receber o Baptismo que era o momento de entrada em alguma pequena comunidade. Eram também, para as pequenas comunidades, dias de intenso aprofundar dos mistérios de Deus e do Seu Reino e o jeito encantado com que Jesus fala deles e os vive. Eram dias também para a comunidade reaprender a disponibilidade para o acolhimento daqueles que se tornavam novos discípulos de Jesus.

2 comentários:

Anónimo disse...

Anawim obrigada por ti e por todos os que nos ajudam a caminhar de uma maneira tão bonita! Sou catequista faço muitas catequeses com os teus postes ou através deles.
Um abraço da Vida

Maria João disse...

Este é um tempo de uma especial graça. Será que a estamos a aproveitar?

Jesus ajuda-nos a sermos cada vez mais o Teu Rosto e a vê-Lo no nosso próximo. Que esta Quaresma não passe ao lado das nossas vidas agitadas! Que os frutos desta Quaresma continuem depois deste tempo de graça que nos dás!
Amén


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